quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Notícia: Naufrágio de navio com imigrantes faz pelo menos 93 mortos em Itália


"O mar está cheio de corpos", afirmou a presidente da câmara de Lampedusa, Giusi Nicolini. "É horrível, é como um cemitério, continuam a trazê-los", disse aos repórteres.

Pelo menos 93 imigrantes, entre os quais três dezenas de crianças, morreram no naufrágio de um navio que transportava quase 500 pessoas e se incendiou, na madrugada desta quinta-feira, perto de Lampedusa, na Sicília, Sul de Itália.


Os números de vítimas estão a subir de hora a hora. Pouco antes de o Corriere della Sera ter actualizado o número de corpos recolhidos para 93, tinham sido anunciados 82 mortos. E antes disso 50.

"Há 250 desaparecidos", disse, a meio da manhã, fonte das entidades envolvidas nos socorros, citada pela edição digital do diário La Repubblica.

Ler a notícia completa em Público.


A lamentar, a divulgar, a reflectir.  A Europa continua silenciosa perante a tragédia que decorre no mar que lhe banha os "pés".


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Lado B - como é procurar asilo nas fronteiras da Europa

«It’s the middle of the night. You’re crowded in a dinghy with 41 others, many fleeing the horrors of conflict in Syria. You abandoned your home in Afghanistan after a bomb killed your parents and left you, a teenager, with five young children to care for.  
You're leaving Turkey and heading for the distant lights of a Greek island, to seek sanctuary in Europe. But then the Greek police find you. They beat and rob you and your fellow passengers, slash the dinghy with a knife, take the motor, push you back in the direction of Turkey – and leave you at sea.


terça-feira, 16 de abril de 2013

"Direitos Humanos num Mar Fechado": debate em Coimbra

Sessão cinematográfica e debate:  
Direitos Humanos num Mar Fechado  

18 de abril de 2013, 16h30-18h00, Casa das Caldeiras | Coimbra

Evento inserido no Programa da XV Semana Cultural da UC  

Enquadramento: A sessão inicia-se com a projeção de Mar Fechado (Mare Chiuso | Andrea Segre e Stefano Liberti | Za Lab | 2012 | 65'), filme que permite conhecer e documentar as histórias de imigrantes que chegam à Europa em busca de asilo. Foca-se no que aconteceu com os refugiados de vários países africanos na sua tentativa de entrar no velho continente por via marítima, tendo em conta as leis de controlo fronteiriço que os reenviam para a Líbia, país africano de onde partem; e o que se passou nos estabelecimentos prisionais líbios após o envio destes indivíduos de volta para África. Segue-se um debate em torno de questões atuais no âmbito dos direitos humanos e da justiça social global com a presença de Stefano Liberti, correalizador do documentário, Pierre Delagrange, ativista e especialista sobre migrações, Susana C. Gaspar, em representação da Amnistia Internacional Portugal e de Iside Gjergji e Mariangela Palladino, investigadoras do CES e responsáveis pela realização e dinamização do evento. A entrada é livre. http://marechiuso.blogspot.pt/search/label/english Organização: Núcleo de Estudos sobre Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz (NHUMEP) do CES, com o patrocínio da Amnistia Internacional Portugal e da Câmara Municipal de Coimbra, e o apoio da Rádio Universidade de Coimbra.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Artigo: Expresso-pt - "Quero que todo o Mundo saiba a nossa situação"

Por Giorgos Kosmopoulos, da equipa de campanhas da UE da Amnistia Internacional e Carmen Dupont, Coordenadora da campanha europeia sobre migração


«Em dezembro passado, 27 pessoas (maioritariamente afegãs), que tentavam chegar à Grécia, morreram afogadas perto da costa de Lesvos após o barco em que viajavam se ter virado. Apenas sobreviveu um rapaz de 16 anos. Os nossos pensamentos voltaram às visitas que fizemos nos dias anteriores, em Atenas, a um dos muitos centros de detenção e a algumas casas que albergam pessoas que fugiram ao conflito na Síria. Bahrir, Ralya e Alia tinham chegado à Grécia, numa outra noite, em circunstâncias semelhantes.
Conhecemos Ralya, uma rapariga de dez anos, no primeiro dia da nossa visita a Atenas. Ela andava descalça pelo chão frio de uma casa abandonada onde mais ninguém quereria viver. A sua família paga todos os meses 165 euros de renda. Eles fugiram da Síria por causa do conflito. Vive com o pai e os irmãos enquanto a mãe está na Alemanha.
"O barco de plástico que nos transportava pelo rio Ebro afundou e ficámos separados da minha mulher", explicou o pai.
Brahim, um dos filhos, tem 15 anos. Contou-nos que gosta de jogar futebol e marca muitos golos pela sua equipa. Um dia, Brahim chegou a casa a sangrar. Tinha sido atacado por um grupo de jovens vestidos de preto. Lembra-se de ouvir um deles a gritar "batam-lhe, batam-lhe".»