Seria de esperar que entre 2013, data da última publicação neste blogue, e dia 19 de Abril de 2015, as notícias sobre mortes no mar mediterrâneo tivessem diminuído. Que as operações de salvamento no mediterrâneo não fossem, afinal, mera fachada. Que não fizesse sentido que uns estivessem a enveredar todos os esforços possíveis para evitar mais tragédias, enquanto outros apregoassem «que uma operação que salva vidas encoraja o aumento da imigração» (http://www.publico.pt/mundo/noticia/o-nosso-mar-e-um-cemiterio-1692930). Mas uma coisa é o que esperamos que aconteça; a outra é o que continua a acontecer, repetidamente, de forma trágica, perante o silêncio de todos.
«Várias centenas de pessoas terão morrido no Mediterrâneo, quando um barco que transportava cerca de 700 migrantes se virou entre as costas da Líbia e a ilha italiana de Lampedusa. Durante as operações de salvamento foram resgatados apenas 28 sobreviventes.»
Se esta é a Europa que me representa, então, eu não sou europeia.